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Conto Erótico: Meu Amigo, Meu Amor [Parte Única]

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Imagem: Band/Divulgação

Meu Amigo, Meu Amor – Parte Única

Nossa convivência se dá desde a nossa mais tenra infância. Brincávamos juntos, estudamos juntos, onde ele estava eu provavelmente estava junto, basicamente essa era a situação. Sempre fomos meio grudados. Até mesmo a mesma igreja e com o mesmo pastor nós compartilhávamos. Não tínhamos o mesmo sangue, mas hoje eu entendo perfeitamente que ele sempre foi a minha alma gêmea e meu melhor amigo.

Aliás, não me apresentei, meu nome é Victor e sempre fui muito tímido. Raniel é o tal amigo inseparável, era muito mais comunicativo do que eu. Não chegava a ser o mais popular, tinha uma ligeira timidez também, mas era bem mais “atirado” do que eu. Uma vez no ensino médio, ele comprou a minha briga. Nunca pensei que ele fosse agressivo, a ponto de quebrar a cara de alguém, mas ele fez isso por mim. Quebrou a cara e alguns dentes do sujeitinho que vivia me enchendo o saco e me fazendo bullying.

Raniel, apesar de não ser lá o padrão de beleza, era um cara bonito e interessante o que me fazia ter ciúmes em alguns momentos quando conversava com alguma mulher, mas quando comecei a perceber que aqueles flertes não passariam disso, ficava tranquilo e não dava muita bola. Contei que ele também era muito talentoso? Sim, sabia tocar violão, era o guitarrista oficial da igreja e até cantava em alguns momentos.

Na medida que íamos crescendo, nossa amizade se amadurecia e se consolidava. Tínhamos muito assunto em comum. Passávamos horas em nossos quartos conversando. Ele frequentava a minha casa com a mesma intensidade com que eu frequentava a dele. Tínhamos o hábito de sair pra andar só para papear. Íamos a sorveteria juntos, quando ele ia resolver alguma coisa no centro, me chamava pra ir junto.

Conversas bobas

Às vezes falávamos das meninas da igreja e das garotas do nosso bairro, mas Raniel nunca se abriu comigo sobre alguma paixão ou envolvimento mais profundo com qualquer moça. Na igreja também haviam várias garotas que se derretiam por ele, porém por alguma razão ele não dava a atenção que um homem geralmente daria para uma garota claramente interessada em algo mais. Ele dava mais atenção para a música do que para o sexo feminino.

O que era interessante e me fazia repensar diversas vezes nos meus reais sentimentos dele. Nós éramos amigo, não é normal sentir algo a mais por ele, né? É comum um amigo suspirar baixinho pelo outro e contar as horas pra ele chegar logo do trabalho, e nem passar em casa pra deixar suas coisas, tomar um banho mas já vir logo direto pra ficar até sabe Deus que horas conversando? E quando ele vai embora pra sua casa que nem é longe, é normal essa sensação de vazio e saudade?

Isso ficou mais intenso quando ficamos adolescentes. As mudanças no seu corpo, a mudança na voz as vezes grossa outras vezes fina, o aparecimento de pelos nas suas pernas compridas. Eu via essas mesmas características nos outros garotos, pois são aspectos, mas nele era diferente. Raniel cresceu e quando eu estava na puberdade, fazendo 14 anos ele ja tinha seus 16. Nossos rostos cheio de espinhas, eu sentia meus mamilos doloridos e um dia reclamei com ele e ele na maior sacanagem apertou-os bem fortes.

– Tá nascendo peitinho?

Soltei um grito de tanto que doeu. Tive vontade de dar um soco na cara dele e aquilo virou a sua zoação preferida. Era só ele me ver que já vinha logo agarrando os meus peitos só pra me atazanar. Eu me contorcia, me abaixava tentando proteger meus sensíveis e frágeis peitinhos mas ele me agarrava, me fazia cócegas até eu ceder.

-Relaxa, Vitinho! Você está virando homem! – Ele falava, como se entendesse tão bem dessa fase da vida.

Um dia ao entrar no meu quarto pela manhã e me pegar de surpresa pelos peitos, como ele gostava de brincar ele começou a massagear meus mamilos ao invés de puxar e apertar. Eu não revidei. Pelo contrário, relaxei e deixei que ele tateasse. Eu estava com um short de um tecido mole. Foi impossível esconder a minha reação. Que tesão da porra aquilo estava me dando.

Atrevido

Sua mão atrevida acabou descendo e abaixou meu short. Meu pau saltou para fora todo babado. Ele pegou a minha mão e carinhosamente a colocou dentro da sua calça de moletom. Pude sentir a grossa espessura do seu cacete. Raniel só tinha 16 anos mas já era bem dotado. Ali naquele quarto tocamos a melhor punheta das nossas vidas. Urramos, sussurramos coisas desconexas, foram minutos de uma loucura indescritível. Gozamos fartamente. Não tinha noção de que de dentro de um homem jorrava tanto leite daquele jeito.

O tempo passou. Apesar de ter sido muito bom, não voltamos a fazer aquilo de novo. De vez em quando a gente se pegava falando sobre. A gente ria da situação, mas nada além disso. Não interferiu de maneira alguma na nossa amizade. Afinal não passou de um mero momento de tensão. Confesso que particularmente, em algumas das minhas punhetas rotineiras, aquela manhã costumava me voltar na mente. Mas era algo só do meu pertencimento. E assim nossa vida seguia normal como sempre. Muitas vezes eu consegui perceber um vazio no olhar do Raniel. Um resquício de tristeza mesmo.

Penso que quase ninguém percebia isso.

Como amigo mais próximo, tinha essa percepção mais apurada Todos estavam acostumados com o Raniel alto astral. E era assim que ele se mostrava na maior parte do tempo. Um cara pra cima, falante, sempre com o violão no braço e acompanhando alguém numa música. Eu também tinha lá meus muitos momentos de baixo astral e crises existenciais, mas nada permanente. Mas assim que via o Raniel, era capaz fazer da sua alegria a minha.

Em uma determina época ele teve a oportunidade de ser contratado por uma grande igreja para tocar nos seus eventos. Ganhava um bom dinheiro, porque o pastor daquela localidade fazia pregações mais….exaltadas. Era uma realização importante para ele, imaginem ser pago para fazer o que gostava, poder viajar, conhecer outras cidades e tocar com outros músicos até porque estávamos num momento de crescimento das igrejas evangélicas pelo Brasil.

Sempre juntos

Numa dessas viagens, ele tinha me levado junto, mas não era uma oportunidade contínua pelos custos e tal, mas ele sempre fazia uma força porque queria ter alguém de confiança, como eu, por perto. Às vezes quando ele se estendia nas viagens, eu ficava aflito e ansioso pra que ele voltasse logo e tinha até pesadelos a noite. Quando a temporada de shows e excursões dava uma trégua, curtíamos ao máximo juntos, nossos momentos alegres de plena amizade.

Raniel se tornou um excelente professor de música e além dos shows, complementava sua renda ministrando aulas de violão para crianças, adolescentes e para outras faixas idade. Foi um tempo em que ele experimentou um sucesso financeiro. Tirou sua habilitação, adquiriu carro e tudo estava favorável. Com o passar do tempo, Raniel começou se entender com Liz, uma moça de uma outra igreja batista.

Tudo começou quando a banda da nossa igreja foi convidada para tocar lá. Liz era vocalista do conjunto musical daquela igreja e logo rolou algo a mais do que uma mera química musical. Percebi que aos poucos , uma distância entre nós começou se formar. A razão do meu desconforto não era pelo fato de vê-lo namorando e sim porque ele estava mudando. Queria que ele sentisse feliz. Daria maior apoio. Gostaria muito que ele compartilhasse aquele momento comigo que era seu amigo inseparável. Mas Raniel já não era mais o mesmo e se ele não sentia vontade compartilhar seu namoro comigo, eu não podia obrigá-lo.

Encontros

Nossos encontros, começaram a diminuir. As conversas agora, aconteciam com frequências irregulares. Não eram mais intensas como antes e pouco a pouco foram se reduzindo a um simples olá, um aceno e nada mais do que isso. Logicamente, fiquei chateado com aquilo tudo, eu o chamei para uma conversa para esclarecemos sobre o que estava acontecendo. Ele deu a desculpa que estava trabalhando muito, pois pretendia se casar em breve e quase não tinha mais tempo pra nada.

Questionei, rebati seus argumentos e disse pra ele que quando há uma amizade sincera, sempre se arruma um tempo e nada seria pretexto quando se quer estar junto de quem se gosta. Ele disse pra eu ficar tranquilo, tirar aquilo da cabeça e me assegurou que eu ainda era o seu “maninho do coração”. Sinceramente, sentia que algo estava errado naquela história, porém suas palavras me deixaram um pouco mais aliviado e confortado, porém não tranquilo porque seu distanciamento me incomodava. O tempo passou e decidi seguir meu caminho. Tinha que pensar em fazer alguma coisa diferente, voltar a estudar, conhecer novos amigos e foi o que eu resolvi fazer.

O casamento de Raniel e Liz já era o assunto da cidade e da igreja a bastante tempo até porque já tinha até uma data para acontecer. Comecei a estudar à noite e por isso não frequentava mais a igreja com a regularidade necessária para estar a par dos comentários. Comecei a falar com um novo amigo muito bacana, chamado de Tales, carinhosamente conhecido por Taleco. Eu estava me dando muito bem com ele. Tínhamos muita coisa em comum.

Nunca mais

Éramos da mesma turma do cursinho e coincidentemente ele morava no mesmo bairro que eu. Um dia voltando pra casa, debaixo de uma chuva que não parava de cair, ele abriu seu guarda chuva e me deu carona. Tínhamos uma liberdade tão bacana que colocávamos o braço em torno do ombro um do outro. Vínhamos abraçados dentro do guarda chuva caminhando pela calçada conversando. O problema é que quando eu menos esperava, passou um carro corrido sobre uma poça de água e nos deu um verdadeiro banho.

– Seu filho puta! – bradou Taleco sem perder o bom humor que o momento requisitava. Não deu pra ver a cara do motorista porque foi muito rápido. Eu pedi para o Taleco ficar calmo. Alguns segundos depois, já estávamos rindo daquilo e torcendo nossas roupas molhadas. O bom humor do meu novo amigo me deixava leve. Apesar de tudo, sentia muita falta do Raniel. Às vezes quando estava sozinho em casa, me pegava pensando nele, lembrando de momentos tão bons que vivemos. Sua indiferença estava me deixando um tanto magoado. Agora só porque estava de namoro, não servia mais a velha amizade.

Por outro lado, para Raniel tudo aparentemente estava correndo conforme planejado. Ele estava feliz e muito satisfeito. Um dia a noite eu estava no quarto estudando e meu celular vibrou. Uma mensagem acabara de chegar. Ignorei naquele instante e continuei concentrado. Ia ler depois. Terminei, e peguei o bendito celular pra visualizar e quando abri, tava lá a mensagem:

Largadão

“Tô largando tudo e indo embora. Vc não vai mais me ver. Tô mal, não estou feliz como todo mundo pensa mas ninguém percebe, nem mesmo vc que diz ser o meu melhor amigo. Vc não liga mais pra mim. Tô de saco cheio desse bairro, dessa igreja, dessa gente mesquinha. Tô cansado da minha familia. Desculpe, se fiquei estranho. Vou sumir do mapa. Fique bem com seu novo amigo e desculpa qualquer coisa.”

Fiquei apreensivo. O que estava pegando com o Raniel afinal? Queria muito sentar com ele pra conversar e saber o que estava acontecendo mas tinha lá minhas dúvidas se ele também queria isso. Enfim, criei coragem e fui procurá-lo pra conversar. A conversa foi reveladora e bastante assustadora.

– Tô indo embora Victor. Cansei de tudo. Mas antes tenho que te falar algo que vai te deixar bastante chocado.

– O que você tem de tão chocante pra me falar Raniel?

– Olha Victor, eu amo você, mas você nem faz o menor caso disso.

– Quê isso Raniel! Eu também adoro você e não tenho duvidas que você me ama. Tudo bem que agora você começou a namorar a Liz e agora tem que ficar mais tempo com ela, mas eu entendo e aceito na medida do possível. Afinal, o que tem de chocante nisso?

– Você não entendeu Victor – ele levantou a cabeça de e meteu seu olhar bem dentro do meu:

– Eu amo você, Victor! Eu não amo a Liz. Nunca amei. Gosto dela mas não chega ser amor. Sempre gostei de você, mais que amigo, tu nunca percebeu? Você é o único cara que me interessa nesse mundo além de amigo, como homem, como namorado, pronto, falei! – um segundo de silêncio.

Agora, a minha ficha tinha caído. Entrei em parafuso ao ouvir tal declaração.

– Francamente Raniel, não estou te entendendo.

– É isso mesmo que você ouviu, Victor. Agora pense como eu ia falar isso pra você? Você jamais iria acreditar. Você não ia aceitar e vir com aquele papo de que não dá porque a gente é amigo e blá, blá, blá. ..e ia pensar que eu tava ficando louco, como está pensando agora. E eu estou enlouquecendo mesmo Victor.

Não suporto mais essa pressão dos meus pais, do pessoal da igreja, enfim…

– Mas você já está de casamento marcado e agora que você vem me falar isso, criatura?!

– Não, não vou mais me casar. Terminei com a Liz.

– Decidi acabar com esse namoro, tomei coragem pra falar que te amo e depois vou embora desse lugar. Sempre amei você como homem, mas não se preocupe, Victor. Eu sei que um relacionamento entre nós é algo impossível. Já que vou embora mesmo, só queria que você soubesse.

Eu estava sem reação, sem saber o que falar. Ainda tinha mais:

– E mais Victor, eu não suporto ver você e esse seu amiguinho juntos no maior love. Lembra aquele banho de poça d’água que vocês dois tomaram no dia daquela chuva? Fui eu quem dei.

– Seu cachorro!!! Eu não acredito que aquele cara estúpido naquele carro era você, Raniel. Sério mesmo que você teve coragem de fazer isso só por causa de um ciuminho besta do meu amigo? Ah, ah Raniel por favor né?

– Amigo? Coisa nenhuma. Vocês estavam agarradinhos e quer que eu engula essa que vocês são só amigos?

Depois daquela conversa sem pé nem cabeça, fiquei pensativo, sem conseguir acreditar. Que revelação foi aquela? No primeiro momento fiquei em choque, mas depois tudo foi se normalizando e comecei a achar a situação interessante. Meu Deus! Raniel era apaixonado por mim esse tempo todo e como é que eu tonto nem percebi? É fato que a gente tinha um carinho especial um pelo outro, uma admiração e às vezes, confesso que me surpreendia suspirando por ele, mas nunca imaginei que poderia haver sentimento de paixão da parte dele.

Angústia

Raniel já tinha decidido mesmo a ir embora e largar pra trás os acontecimentos que estavam o angustiando. Eu também não estava feliz sabendo que ele estava indo embora, sabe Deus pra onde e nem sabia se ele voltaria. Só consegui pensar que a vida dele, fosse pra onde que quer que ele estava indo, só iria se tornar mais triste. Ir embora não era a solução daquele problema.

Raniel enfrentava uma situação embaraçosa com sua familia. Em sua casa as cobranças eram constantes, como era também na minha casa, porém eu decidi ignorar e a convicção que eu tenho daquilo que eu sou, sempre vencia aqueles papos chatos. Raniel já tinha idade e nem cogitava namoro. Casamento então, era algo que àquela altura nem estava nos seus planos. Queria curtir a vida, aproveitar as oportunidades, se dedicar à música na igreja.

Seus pais, até compreendiam isso. Tudo bem que eles não queria que ele casasse o quanto antes, até achavam que uma namorada era essencial na sua vida e acabaria de vez com as conversas atravessadas das pessoas sobre o fato de agente ser tão amigo a ponto de ficar grudado o tempo todo. A nossa amizade incomodava aquelas pessoas infelizes que não tinham o que fazer não ser tomar conta da vida alheia. Por isso as cobranças e insinuações na igreja também não davam trégua. Foi então, por causa dessa pressão toda que ele decidiu engatar o namoro com a Liz. Agora tudo fazia um pouco de sentido.

Antes que fosse tarde, resolvi procurá-lo e tentar a convencê-lo a ficar.

– Raniel, eu tô te pedindo, por favor, não se vá. Fique!

– Olha Victor, já estou decidido. Estou arrumando as minhas coisas e vou a princípio pra casa dos meus avós paternos, no interior. Depois vou ver com um chegado meu que também é músico e tá se ajeitando em Sampa, se posso ir pra lá.

– Raniel, eu ainda tô surpreso com tudo o que você me falou, mas eu só te peço um tempo pra digerir tudo isso. Eu estou disposto enfrentar a tudo e a todos do seu lado. Eu namoro com você. Eu me caso com você. Por favor, fique! – eu o pedi com um olhar firme, sincero e suplicante.



4 comentários

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  1. Richard C

    Aiiii Minha vida foi parecida, vivi por 12 anos dentro da igreja, tentando ser aquilo que as pessoas acham que é “normal”, vivi uma vida de aparência. e finalmente, aos meus 23 anos, eu resolvi mudar, ser eu mesmo.
    Pois não é fácil, lidar com essa situação, resolvi mudar de estado, ter minha vida, mas mesmo assim optei por não contar aos meus Pais por serem evangélicos.
    Mas acabaram descobrindo…. depois acabaram se mudando para mesma cidade onde moro. hoje moramos junto.
    Estou em um relacionamento, hoje posso dizer que sou feliz.


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